sexta-feira, 3 de agosto de 2018

MISS X, KYOKO E TERRY GIRL! "VIADAGEM", FANSERVICE OU OUSADIA DA SNK?



 JÁ ERA ESPERADO...




Desde que foi aceito pelos fãs da SNK que o game SNK Heroines Tag Team Frenzy seria uma espécie de “sucessor espiritual” do jogo SNK Gals' Fighters (Jogo de luta que apareceu no Neo Geo Pocket Color em 2000. Apresentava personagens femininas de várias franquias da SNK, onde as personagens competem no chamado The Queen of Fighters), que estes fãs já especulavam a participação da polêmica lutadora conhecida como Miss X, que todos sabem tratar-se do popular Iori Yagami, travestido!

As especulações sobre um possível personagem masculino travestido ganharam força e uma nova perspectiva quando vazaram informações do jogo onde alguns troféus e conquistas seriam adquiridos ao jogar com Terry, logo os burburinhos começaram e muitos acreditavam (e torciam) que se trataria da personagem Alice, fantasiada do poderosos Lobo, mas logo veio a confirmação que a última personagem feminina do jogo era o próprio poderoso e até então másculo, Terry Borgard!




É "VIADAGEM" OU NÃO É?


Se a pergunta (com este termo chulo, como tem sido feita ou afirmada por aí) refere-se aos personagens terem mudado ou “expandido” as suas sexualidades, a resposta é simples e clara, NÃO! NÃO É VIADAGEM! Vamos começar com a lutadora “enigmática” Miss-X. 
Ao encenar a Miss X, Iori, muitas vezes é ridicularizado pelos personagens que se deparam com a figura “exótica”, em momento algum a tentativa de enganar os demais participantes é bem sucedida, isso porque claramente não há em Iori o real interesse em ser uma garota, ele não muda sua postura ou jeito de ser assim como o seu corpo continua masculino, e quando tenta uma postura feminina ele não consegue! Claramente a intenção dele é unicamente poder participar das lutas, a sua sexualidade não está em questão e ele pouco se importa com questões sexuais, tudo o que ele quer é lutar.

Kyoko é o caso mais “inocente” de todos, pois ela é um personagem da série The King of Fighters que foi introduzida pela primeira vez em The King of Fighters 2000 como “another striker” de Shingo Yabuki, sendo somente uma a alusão ou homenagem da SNK a fãs do sexo feminino que frequentemente fazem cosplay como Kyo em seus eventos. A SNK se mostra muito antenada e ciente que seu público estava crescendo e se tornando variado, mesmo no ano 2000 já seria incompetência fechar os olhos para este mercado apenas por medo do preconceito de alguns.


“- Hmm? Hein O quê?
- Não adianta tentar escapar!
- Eu não tinha ideia de que você tinha tanta coisa interessante ... hobbies.
- Posso tirar uma selfie com você? Muito obrigrada!
- Esta é uma dimensão portátil de minha própria criação
- Como isso aconteceu?
- Nenhuma chance aqui.
- O que aconteceu com você? Terry?”



A grande polêmica da vez é a versão feminina do mais popular personagem da SNK, Terry Bogard, ao contrário dos exemplos anteriores, não se trata de uma jovem fã realizando-se com um cosplay e tão pouco se trata do famoso protagonista vestindo-se de mulher, Terry Bogard tornou-se uma mulher! “Mas isso não é viadagem?” Vamos por partes e analisar o que temos de informação até aqui.


O vídeo que revelou a nossa polêmica Terry Girl começa com algumas frases aparentemente dias por três personagens distintos, Kukri, Terry Girl e uma personagem não revelada e possível responsável por esta transformação (ou trolagem) que aconteceu com o nosso herói, pois não há indícios que o próprio Kukri tenha tais poderes “mágicos” para fazê-lo, logo a mudança de corpo que aconteceu com Terry não é sugerido ter sido voluntária, Terry NÃO quer ser uma garota!

Entramos numa situação que muito lembra o famoso manga e anime Ranma ½, onde o protagonista, contra a sua vontade, volta e meia é “colocado” em um corpo feminino legitimo, mas a sua consciência de homem heterossexual permanece intacta, logo ele não pode ser considerado gay ou travesti. Mais uma vez a sexualidade do personagem (se ele quer ou não ter relação sexual/amorosa com outro homem) não é a questão abordada e a definição sexual (pois ninguém é orientado a ser gay ou escolhe ser) do personagem não foi modificada.
O fãs da SNK tem que entender que como empresa a SNK tem que ficar atenta ao seu público e as mudanças que ocorre no mesmo a cada geração, é notória a quantidade de garotas que se vestem de Terry Bogard (e outros personagens masculinos) nos seus eventos, sem falar na “invasão” do público feminino no mundo dos games como consumidoras e representantes (destacando o ocidente, pois no Japão isso aconteceu muito mais cedo), ignorar isso seria dá um tiro no próprio pé, pois meia dúzia de fãs chorões de mente fechada não competem com toda uma leva de fãs sedentos por novidade e sentindo-se valorizados pela empresa. No mais, numa história como esta, estão preservadas as características do personagem, não houve um desrespeito ao clássico, pois não se trata de casos como vemos nas editoras de HQ como MARVEL e DC onde personagens que nunca foram ou demonstraram “inclinações” homossexuais, do nada, se tornam homossexuais apenas para atender “cotas” e “minorias”.


A SNK está trabalhando certo e do jeito CERTO! Por isso a “Terry Girl” é sim canônica! Não uma nova personagem, mas um “acontecimento” na vida do Terry, pois trailers anteriores do jogo SNK Heroines Tag Team Frenzy, já mostraram que o jogo leva em conta os acontecimentos finais do torneio KOF XIV, de forma que as possibilidades tornaram-se quase infinitas, pois mundos agora estão conectados e em mundos como o do game Samurai Shodown o que não faltam são maldições e magias bizarras para justificar esta transformação.
SNK Heroines Tag Team Frenzy é uma realidade, não sei ainda o quanto gosto deste game, mas se não vier a gostar não farei ataques sem noção baseados em ignorância e preconceitos. 

O que tá difícil agora é ouvir a música chandelier de Sia e não cantar “Terry girls don't get hurt. Can't feel anything, when will I learn. I push it down, push it down... rsrs”.


A SNK tem personagens gays sim e isso não é problema algum, pelo contrário! mas é assunto pra outra hora...












Nenhum comentário:

Postar um comentário